Ontem, lá pelas 21:00, quem estava passando perto de onde eu moro, com certeza ouviu um grito forte que saía do meu quarto.
O fato é que o grito ocorreu por um simples motivo, um corte errado no meu cabelo. Não vejo problema no que aconteceu, mas fiquei pensando sobre o fato do grito ter saído.
O grito veio à tona por causa de minha raiva relacionada ao acontecimento.
Hoje comecei a pensar em tantos gritos que damos em nossa vida e tantos outros gritos que pensamos em soltar.
No livro de Êxodo, Moisés está frente a frente com Deus, é nesse momento em que Moisés o chamado para libertar o povo de Israel e por um único motivo citado: "Vi a aflição do meu povo... e ouvi o seu clamor" (Êx. 3:7).
O fato de Deus ver a aflição não é porque Ele estava com o rosto virado para o outro lado e, de repente, olha e vê o povo sofrendo. Deus vê o povo sofrendo porque observa constantemente e sofre junto.
Mas o que mais me toca não é a observação de Deus, mas a reação humana que "enche o cálice" de Deus e faz o chamado para Moisés.
O texto aponta o "clamor" e esse clamor é um grito, mas não é qualquer grito. Não é um grito de uma dor por um machucado qualquer e nem mesmo um grito de raiva por um corte errado de cabelo.
O clamor aqui vem da palavra tsa'aq, que significa o desespero de alguém sem esperança.
Não é por qualquer motivo que Deus se move, mas é porque um de seus filhos passava necessidade. Um hebreu gritou e Deus fez todo o céu agir.
Quando a vida pesar sobre você, faça como o hebreu.
Grite
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